Quase uma semana depois, Jesus chamou Pedro, Tiago e João e levou os três pra cima de um morro. Lá ele começou a brilhar pra caramba, tipo o Goku quando vira Super Sayajin. E enquanto estava naquela forma apareceram Moisés e Elias pra bater um papo com ele (como eles sabiam que eram Moisés e Elias eu não faço ideia!). Aí Pedro já meteu o bedelho na conversa e propôs fazer um altar pra cada um deles. No meio dessa tentativa ridícula de “ajudar”, uma nuvem os rodeou rapidamente e deu pra ouvir uma voz mais sinistra que a do Cid Moreira: “Esse meu filho é o cara! Só traz alegria ao meu coração. Fiquem quietos e escutem o que ele diz!”. E os três seguidores de Jesus quase se mijaram de medo.
Então Jesus, de volta à sua forma humana usual, cutucou os caras e disse pra não terem medo. Quando eles tiveram coragem de abrir os olhos, perceberam que só tinha Jesus ali. E receberam a ordem de não fofocar o que viram pra mais ninguém, enquanto Jesus não voltasse de entre os mortos.
Curiosos com as coisas que Jesus dizia, perguntaram porque os religiosos falavam que ele não poderia ser o Cristo, pois um profeta tipo Elias tinha que vir antes, pra não desmentir a Escritura. Jesus riu e respondeu: “Claro que o profeta vem antes e vai preparar o terreno. Mas o que vocês não perceberam é que o tal profeta já veio no mesmo poder do Espírito Santo. Era o meu primo de segundo grau João Batista”.
Chegando onde as outras pessoas estavam, já apareceu rapidinho um cara com problemas. Ele se ajoelhava na frente de Jesus e implorava pra ele dar um jeito no filho, que tava doidão, encapetado… e se jogava no fogo e na água. Doidão igual usuário de crack na fissura. Ele também reclamava que tinha pedido pros seus seguidores resolverem a treta, mas eles não conseguiram.
Então Jesus falou: “Ô bando de gente desconfiada e incompetente! Aproveitem enquanto eu tô aqui resolvendo as paradas heim! Traz logo o menino!”. Trazendo o moleque, Jesus mandou e o capeta vazou na hora (na casa do Senhor não existe satanás… xô satanás, xô satanás). Pronto! O problema havia sido resolvido.
Os seus seguidores ficaram com minhocas na cabeça. Perguntaram então porque tinham conseguido expulsar tudo quanto é tipo de capeta, mas daquele ali tomaram um baile. E Jesus explicou: “Essa raça de capetas só sai com intimidade com o pai e exercício de domínio próprio… disciplinas espirituais, galera!”.
Explicava ele também detalhes sobre seu próprio futuro: “Olha… daqui um pouco vão me prender e matar. Mas relaxem, porque três dias depois eu tô de volta”. Como os caras não entendiam que isso era sério, ficaram numa deprê braba.
Chegando em Cafarnaum, rapidinho apareceram uns caras apertando Pedro e cobrando o imposto do recadastramento da membresia do templo (quase o preço de um botijão de gás). Jesus, pra polemizar, perguntou algo pra Pedro antes mesmo dele abrir a boca pra explicar a situação: “O Pedrão… Os governantes cobram imposto dos próprios filhos ou dos outros?”. Respondeu Pedro: “Dos outros, claro!”. E Jesus completou: “Hum… então os filhos não pagam, né. Engraçado os caras virem cobrar um imposto em nome de Deus, sendo eu o filho dele! Vai entender, né? Mas pra não arrumar mais confusão, faz o seguinte: vai na praia e pegue um peixe usando uma vara. O primeiro peixe que você pegar vai ter uma moeda de prata dentro dele que dá pra pagar o meu imposto e o seu”. Dito e feito, daquele dia em diante Pedro não deve ter dormido uma noite sequer sem ficar pensando como diabos aquela moeda foi parar lá.