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Novo Testamento

Lucas 19

Quando Jesus chegou de verdade em Jericó, esbarrou numa situação engraçada. Tinha um sujeito chamado Zaqueu que era cobrador de impostos e rico (igual os de hoje em dia). Só que o cara era um tampinha. Era tão baixinho que não conseguia ver por cima do ombro dos outros nem pulando. Como cada um dá os seus pulos, ele teve a brilhante ideia de correr mais na frente e subir numa árvore pra poder assistir o desfile de Jesus por ali.

Passando Jesus, olhou pra ele em cima da árvore e disse: “Ô Zaqueu! Desce aí que a hospedagem e rango hoje são por sua conta!”. E o cara desceu felizão pela oportunidade e por ter sido visto!

Como religioso é um bicho chato, eles já começaram o mimimi. Diziam que era um absurdo Jesus ficar hospedado na casa de um homem pecador. E isso soava mais estranho ainda, porque Zaqueu ficou tão impressionado com ter conhecido Jesus, que decidiu dar metade do que tinha aos pobres, e indenizar qualquer pessoa que ele tenha prejudicado com quatro vezes o tamanho do prejuízo. Ou seja, aplicou a si próprio a pior pena que a Lei de Deus orientava, sem ninguém o pressionar!

E disse Jesus: “Hoje a salvação de Deus chegou pra casa desse homem que vale tanto quanto qualquer um de vocês. Eu vim pra achar e salvar o que estava perdido!”.

Também contou uma história sobre um homem que foi viajar e deixou dinheiro na mão de empregados pra administrarem a parada. Quando retornou, recebeu o dobro do homem a que tinha confiado muito dinheiro. O que recebeu metade, também devolveu o dobro. Mas o que recebeu só um troco de pinga pra cuidar, esse só guardou o dinheiro e devolveu do mesmo jeito que recebeu. Aí o dono da grana botou na vida mansa os que tramparam com o que receberam pra cuidar. E o que tinha recebido menos, perdeu o que recebeu e ficou sem nada.

E dizia Jesus: “Quem tiver, vai receber mais. E quem não tiver, vai perder até o que tem! Quem recusar se submeter ao meu reinado vai ser morto. Faca na caveira!”.

Tornando a caminhar pra Jerusalém, Jesus mandou os discípulos irem na frente pra procurar um homem que tinha um jumento preso na cerca. Era pra dizerem que “o Senhor” precisava dele. E exatamente como Jesus havia dito, aconteceu. Então colocaram suas roupas em cima do jumento pra aliviar a dor no fiofó ao sentar e Jesus montou no bicho.

Entrando em Jerusalém montado num jumento (tão legal quanto entrar numa Mobilette nos anos oitenta), o povo jogava no chão suas roupas para que ele passasse por cima de tudo. Se minha mãe me visse fazendo isso, ia me dar um cascudo e eu ainda teria que ouvir algo do tipo “NÃO É VOCÊ QUE LAVA A ROUPA, SAFADO!”.

O povo gritava enquanto Jesus passava: “COMO É QUERIDO O REI QUE VEM EM NOME DE DEUS! PAZ NO CÉU E MUITA GLÓRIA A ELE!”. Os religiosos, que sempre tão procurando cabelo em ovo, falaram pra Jesus mandar o povo parar com isso. Mas Jesus disse: “Se eles se calarem, as pedras vão começar a gritar aqui!”.

Jesus chorava enquanto entrava na cidade. Lamentava profundamente por aquele ser um lugar que não fazia ideia do quanto iria sofrer na mão dos inimigos. Jesus amava de verdade aquelas pessoas.

Ao entrar no templo, saiu dando bicudo em quem tinha banquinha de camelô lá dentro. Expulsou todo mundo enquanto gritava: “ESTÁ ESCRITO QUE A MINHA CASA É UM LUGAR DE ORAÇÃO! VOCÊS TRANSFORMARAM ISSO AQUI NUM ANTRO DE GENTE CORRUPTA!”.

Mesmo tendo feito isso, ainda assim ia lá ensinar todos os dias. E os religiosos faziam a única coisa que sabem fazer: o odiavam a ponto de desejarem sua morte. Só não sabiam como iriam matá-lo, pois o povão estava sendo muito abençoado com o que Jesus ensinava.

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