O presidente da época, Augusto César, inventou o tal do censo por alistamento. Ao invés de contar todas as pessoas, cada pai de família deveria ir até a cidade onde nasceu e registrar quantas pessoas sua família tinha.
Como José tinha nascido em Belém, foi pra lá com Maria, que estava grávida e com um barrigão enorme. Acabou não conseguindo esperar pra fazer o parto quando voltasse, tendo então Jesus nascido ali mesmo. Seu primeiro filho, por falta de lugar na parte mais aconchegante da casa, acabou nascendo no cocho onde os animais comiam, tendo sido depois enrolado com os panos que tinham por ali.
Alguns criadores de ovelhas que estavam no pasto durante a noite levaram um baita susto quando um anjo apareceu brilhando feito um monte de luzinhas de led de Natal. E o anjo disse: “Calma galera! Vim dar a melhor notícia que alguém poderia receber! Nasceu agorinha, ali em Belém, um menino que é o salvador do mundo e Senhor de tudo! Bora lá praquele lado e vocês verão tudo que eu estou contando! Ele nasceu num cocho!”.
No céu também viam milhares de anjos guerreiros gritando de alegria e dizendo: “O Deus dos céus enviou sua paz para a terra, pra ajudar os homens!”.
Tendo os criadores de ovelhas corrido pra confirmar a história, chegaram em Belém e viram a Maria, José e o menino salvador do mundo deitado confortavelmente no berço improvisado. Contaram o que ouviram dos anjos e Maria guardava essas coisas num cantinho especial de seu coração.
Depois de oito dias fizeram a cerimônia de operar a fimose do menino (que era obrigatória para os judeus, como marca da antiga aliança). E confirmaram que seu nome seria Jesus mesmo. Depois de terminado o serviço e tendo esperado o prazo que a Lei mandava, o levaram pro Templo conforme a tradição dizia.
Foram ao Templo pra dar uma oferta e pra confirmarem o que a Lei dizia sobre os primeiros filhos serem sempre consagrados a Deus.
Havia um velho, chamado Simeão, que era cheio das intimidades com Deus. E dizia ele que Deus havia lhe dito que não iria morrer sem antes ver o salvador do mundo. Pois quando José e Maria levaram Jesus ao templo, ele correu e pegou o menino no colo. E chorava enquanto dizia: “Se quiser, pode me levar agora Senhor, porque eu já vi a sua salvação! Eu vi a luz que vai iluminar todo o mundo!”. E os pais do menino ficaram assustados com isso tudo. Parecia até pegadinha!
Simão abençoou o menino e explicou a Maria que Jesus seria um cara polêmico.
Andaram mais um pouco e deram de cara com uma velhinha chamada Ana. Ela também era daquelas cheias de intimidade com Deus e repetiu praticamente todo o discurso de Simeão.
Antes que aparecessem mais velhos prevendo o futuro, voltaram pra Galileia, pra cidade de Nazaré. E Jesus foi crescendo, fortão… principalmente nas coisas do Espírito. E dava pra sacar que a graça de Deus tava nele, porque sua sabedoria era impressionante.
Quando Jesus tinha doze anos, foi junto com seus pais na festa da Páscoa na capital. Acabou que, vindo seus pais embora, Jesus ficou pra trás.
Quando sua família percebeu, ficaram doidos. Saíram perguntando entre os amigos e conhecidos, até que perceberam que realmente o tinham esquecido, contando que estivesse entre os conhecidos. Voltando pra capital, três dias depois, encontraram Jesus no templo, sentado no meio dos cabeções religiosos, fazendo altas perguntas profundas e prestando atenção no que diziam. Os religiosos estavam impressionados com aquilo tudo que Jesus questionava.
Como toda mãe no mundo faria, Maria já chegou quase catando Jesus pela orelha e perguntando porque tinha dado o perdido em si mesmo. E ele respondeu: “Pô mãe, tava aqui o tempo todo, cuidando dos assuntos do meu pai”. Maria até engoliu seco, mas ficou meio sem entender.
Foram então todos embora pra casa, pois Jesus era um garoto obediente. Maria continuava a guardar com carinho no seu coração essas coisas esquisitas que via e ouvia sobre seu filho.
Jesus foi espichando e se tornando cada vez mais sábio e visivelmente abençoado.